Perdeu a sociedade, perdeu a polícia, perdeu a família brasileira.
Às vezes me pergunto se tenho algum poder extra sensorial, se sou inteligente demais, se tenho algum super poder ou se nossos governantes se fazem de surdos, cegos e idiotas.
Vou ficar com a segunda hipótese.
Todas as vezes que converso sobre a segurança no Rio ou em outro Estado, opino que, a situação que nos encontramos já não é mais uma questão de Segurança Pública e sim de Segurança Nacional.
Os Secretários são nomeações políticas, o cargo é político e por esse motivo suas ações variam de acordo com o humor dos Governadores, com a proximidade das urnas, com razões puramente eleitorais e eleitoreiras. Por melhores que sejam as intenções destes Secretários, na maioria das vezes esbarram nos interesses políticos, ficando assim impossibilitados de agirem, de colocarem seus planos em ação.
Situações como as ocorridas neste final de semana em São Paulo já estavam previstas, por mim, há muito tempo. Não que tenha super poderes, nem que tenha informações privilegiadas. Basta ler os jornais, assistir a televisão e ter um pouquinho que seja de bom senso e já teremos nossas opiniões formadas. Só nossos dirigentes não as têm, nem opinião e nem bom senso.
Há muitos anos estamos vivendo um estado de guerrilha urbana onde o Estado vem perdendo seu espaço para a marginalidade. Há muitos anos estamos vendo sucessivos erros na condução do problema sem que ninguém faça algo.
Durante o episódio deste fim de semana, ouvimos o Governador de São Paulo dizer que não precisava da ajuda Federal, da mesma forma que já havíamos escutado da Governadora do Rio em outro episódio. Colocaram o interesse partidário acima do interesse público. O medo de que o assunto seja explorado na propaganda política foi maior do que o interesse da sociedade.
Esta semana ouviremos e veremos na mídia uma avalanche de sociólogos, políticos, formadores de opinião, dirigentes de Ongs a discorrerem sobre o assunto, com mil maneiras de solucionar o problema. Passados quinze dias tudo isso cai no esquecimento. Na realidade, ninguém quer meter a mão na cumbuca.
Faz-se a reunião, decide-se que o gato precisa de um guizo, mas não aparece ninguém para encarar o gato e colocar-lhe o guizo.
Enquanto isso, do outro lado, eles se articulam, compram mais armas, se organizam e atacam.
A hora de encarar a situação com seriedade já passou. Estamos atrasados.
O problema é sério, a solução é complicada, complexa, envolve vários fatores sociológicos e políticos, mas há de se convir que ficar somente na retórica não adianta nada. O Estado precisa retomar o controle da situação. O Estado precisa chamar pra si a responsabilidade das ações. Essa é uma questão que já passou, faz muito tempo, dos limites das agremiações partidárias e se tornou uma questão de Estado e como tal deve ser encarada. Os três níveis de governo têm obrigação de deixar de lado suas ideologias para tratar deste assunto como deve e como a sociedade necessita.
terça-feira, 16 de maio de 2006
terça-feira, 2 de maio de 2006
Lição entendida ou De volta às férias
Depois de um longo período de inatividade, onde problemas pessoais se misturaram com férias, trabalho e falta de inspiração, estou de volta.
Os problemas pessoais não se acabaram e nem vão, a não ser no dia em que eu for dessa para melhor. O trabalho, esse é inconstante como fidelidade de um político. Isso que dá trabalhar por conta própria. Quem mandou não fazer um concurso público ou se eleger deputado? Quanto às férias, essas se findaram tão logo começou a ficar boa. Sem contar que no meio delas apareceu um trabalho que não peguei por estar longe dos meus e-mails. Quem mandou não comprar um laptop e desligar o celular?
E aí vem a pergunta: se estava sem trabalho, por que tirar férias?
Pois é, essa foi a forma que encontrei para disfarçar a ansiedade pela falta do que fazer. Já que estou parado, tiro férias.
Já que tirando férias apareceu trabalho, acho melhor voltar às minhas férias, levar meu computador a tira colo, não desligar o celular e esperar que um novo trabalho apareça para que os problemas pessoais diminuam.
Os problemas pessoais não se acabaram e nem vão, a não ser no dia em que eu for dessa para melhor. O trabalho, esse é inconstante como fidelidade de um político. Isso que dá trabalhar por conta própria. Quem mandou não fazer um concurso público ou se eleger deputado? Quanto às férias, essas se findaram tão logo começou a ficar boa. Sem contar que no meio delas apareceu um trabalho que não peguei por estar longe dos meus e-mails. Quem mandou não comprar um laptop e desligar o celular?
E aí vem a pergunta: se estava sem trabalho, por que tirar férias?
Pois é, essa foi a forma que encontrei para disfarçar a ansiedade pela falta do que fazer. Já que estou parado, tiro férias.
Já que tirando férias apareceu trabalho, acho melhor voltar às minhas férias, levar meu computador a tira colo, não desligar o celular e esperar que um novo trabalho apareça para que os problemas pessoais diminuam.
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