Estava assistindo ao jogo de basquete, entre Flamengo e Palmeiras. Em certo momento um dos jogadores do Flamengo torce o joelho e é retirado de quadra, na maca, por paramédicos.
Na saída torcedores do Palmeiras xingam, esbravejam, soltam
sua ira.
Fiquei imaginando o que passa pela cabeça dessas pessoas.
Por que tanta hostilidade? Que tipo de ódio os move?
Ali estava um atleta, um ser humano.
Essa mesma atitude vejo nas redes sociais.
Pessoas babando de ódio, destilando veneno por pessoas que
nem conhecem.
Desacatam, ofendem a todos que não compartilham de seus
pensamentos.
Expõe suas teorias como se fossem a única verdade existente.
Sentenciam a morte, esquartejam vidas, tal qual inquisidores
da idade média.
Pedem o cadafalso, a forca, a guilhotina e babam de desejo
de serem os carrascos.
Esquecem as leis, os ritos.
Atropelam a alma.
Esmagam a ética.
Clamam justiça.
Fazem justiçamento.
Transformam adversários ocasionais em inimigos mortais.
Esquecem do amanhã, como se ele não existisse.
Acham-se únicos e, por tal, imunes do mesmo.
Oram a seus deuses e soltam seus demônios.
Escolhem sua vítima.
Esquecem seus pares.
Hipócritas desse século.
Idiotas da eternidade.