terça-feira, 25 de janeiro de 2005
Conversa de maluco
Sempre dei conversa pra maluco. Não sei se me identifico com eles ou se é porque em suas conversas sempre sai algo de bom.
Uma vez, estava parado no ponto de ônibus quando um deles parou ao meu lado. Mesmo parado ele continuava a fazer movimentos como se estivesse andando. Olhou pra mim e disse que era o Super Homem, que estava disfarçado.
Parou, completamente, por um momento.
Olhou novamente e disse:
- "Paciência demais não é paciência. É acomodação".
E continuou seu caminho.
Uma vez, estava parado no ponto de ônibus quando um deles parou ao meu lado. Mesmo parado ele continuava a fazer movimentos como se estivesse andando. Olhou pra mim e disse que era o Super Homem, que estava disfarçado.
Parou, completamente, por um momento.
Olhou novamente e disse:
- "Paciência demais não é paciência. É acomodação".
E continuou seu caminho.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2005
Saudades
Há alguns dias, bateu forte uma saudade de um Rio de Janeiro que ficou pra trás, ao trocar emails com amigos.
Lembrava eu, dos tempos em que passávamos a madrugada, na esquina da minha rua, olhando balão e jogando conversa fora.
Da quitanda do seu Manoel, da manteiga tirada da lata e embrulhada no papel manteiga e que iria ser passada generosamente no pão quentinho, comprado na padaria Chave do Rio, na hora do lanche, cortado em dedinhos e molhado no café com leite. Do leite em garrafa, CCPL da garrafa comprida ou Vigor da garrafa baixinha e bojudinha.
Das férias na Ilha do Governador, dos flamboiãs das ruas da Freguesia.
Do apito do guarda noturno, que garantia que estava tudo em paz.
Do jogo de bola na rua, em tardes de chuva.
Do doce de batata doce, da bala boneca, comprada no botequim do seu Jacinto.
Do baile matine do Tijuca Tenis Club.
Da missa das 18h, a missa da paquera na Igreja S. José. Da paquera na porta do Colégio Misericórdia, o Miserinha, longe dos olhares das freiras que nos punham pra correr.
Da banana split tomada no Café Palheta, na Saens Pena, depois da sessão de cinema no Olinda, no América, no Metro-Tijuca ou no Carioca. O Tijuquinha era o poeira e ninguém ia, não a garotada!
Saudades de um Rio que está vivo na memória mas não nos olhos.
Por que lembrar de tudo isso? Não sei. Talvez por pensar que essa poderia ser a grande herança que deixaria para meus filhos mas não conseguirei.
Talvez por me perguntar onde foi que errei, onde foi que minha geração errou?
Talvez para pedir desculpas por ser tão egoista que fiquei com todas estas lembranças só pra mim.
Lembrava eu, dos tempos em que passávamos a madrugada, na esquina da minha rua, olhando balão e jogando conversa fora.
Da quitanda do seu Manoel, da manteiga tirada da lata e embrulhada no papel manteiga e que iria ser passada generosamente no pão quentinho, comprado na padaria Chave do Rio, na hora do lanche, cortado em dedinhos e molhado no café com leite. Do leite em garrafa, CCPL da garrafa comprida ou Vigor da garrafa baixinha e bojudinha.
Das férias na Ilha do Governador, dos flamboiãs das ruas da Freguesia.
Do apito do guarda noturno, que garantia que estava tudo em paz.
Do jogo de bola na rua, em tardes de chuva.
Do doce de batata doce, da bala boneca, comprada no botequim do seu Jacinto.
Do baile matine do Tijuca Tenis Club.
Da missa das 18h, a missa da paquera na Igreja S. José. Da paquera na porta do Colégio Misericórdia, o Miserinha, longe dos olhares das freiras que nos punham pra correr.
Da banana split tomada no Café Palheta, na Saens Pena, depois da sessão de cinema no Olinda, no América, no Metro-Tijuca ou no Carioca. O Tijuquinha era o poeira e ninguém ia, não a garotada!
Saudades de um Rio que está vivo na memória mas não nos olhos.
Por que lembrar de tudo isso? Não sei. Talvez por pensar que essa poderia ser a grande herança que deixaria para meus filhos mas não conseguirei.
Talvez por me perguntar onde foi que errei, onde foi que minha geração errou?
Talvez para pedir desculpas por ser tão egoista que fiquei com todas estas lembranças só pra mim.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2005
Conspiração
Quem me conhece bem sabe que não costumo dar asas a imaginação e muito menos dar atenção as teorias de conspiração que rolam por ai, muito menos contra os EUA.
Dito isto: na semana passada, lendo a seção cartas do leitor, de O Globo, topei com uma que falava sobre a tragédia do dia 26/12. Nela, o missivista (pra quem não sabe: é o cara que envia a carta- hehehe!!!), falava na existência de uma base militar americana e inglesa na zona atingida, mais precisamente na ilha Diego Garcia, no arquipélago Chagos. Esta base aeronaval é quem distribui as tropas para a guerra do Iraque e, segundo fontes oficiais americanas, nada teria acontecido a base. Alegam que devido a quantidade de corais a formação geológica da ilha e a profundidade do mar, a força das ondas foram diminuídas e nada aconteceu.
Eu, que não gosto de fofoca e muito menos de conspirações, passei a madrugada toda tentando arregimentar provas a favor das fontes oficiais americanas. Os pobres coitados estão sendo acusados de não terem avisado, aos 226 mil que morreram, que uma tragédia estava para acontecer. De terem uma base eqüidistaste do epicentro do terremoto tanto quanto o Sri Lanka, equipada com radares para captar explosões e terremotos nas profundezas do oceano, presença de submarinos na área, estação metereológica, etc e não sofrerem a mesma tragédia por serem privilegiados pelo Pai Eterno.
Se vcs quiserem o endereço com a animação do tsuname esta em: http://cellar.org/2004/animation.gif ou em
http://msnbc.msn.com/id/6786984/ onde está mais fácil de identificar o arquipélago.
As conclusões são, claro, livres.
Dito isto: na semana passada, lendo a seção cartas do leitor, de O Globo, topei com uma que falava sobre a tragédia do dia 26/12. Nela, o missivista (pra quem não sabe: é o cara que envia a carta- hehehe!!!), falava na existência de uma base militar americana e inglesa na zona atingida, mais precisamente na ilha Diego Garcia, no arquipélago Chagos. Esta base aeronaval é quem distribui as tropas para a guerra do Iraque e, segundo fontes oficiais americanas, nada teria acontecido a base. Alegam que devido a quantidade de corais a formação geológica da ilha e a profundidade do mar, a força das ondas foram diminuídas e nada aconteceu.
Eu, que não gosto de fofoca e muito menos de conspirações, passei a madrugada toda tentando arregimentar provas a favor das fontes oficiais americanas. Os pobres coitados estão sendo acusados de não terem avisado, aos 226 mil que morreram, que uma tragédia estava para acontecer. De terem uma base eqüidistaste do epicentro do terremoto tanto quanto o Sri Lanka, equipada com radares para captar explosões e terremotos nas profundezas do oceano, presença de submarinos na área, estação metereológica, etc e não sofrerem a mesma tragédia por serem privilegiados pelo Pai Eterno.
Se vcs quiserem o endereço com a animação do tsuname esta em: http://cellar.org/2004/animation.gif ou em
http://msnbc.msn.com/id/6786984/ onde está mais fácil de identificar o arquipélago.
As conclusões são, claro, livres.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2005
Preliminares
A minha intenção é colocar neste espaço um pouco de tudo. Da experiência ao sonho, da realidade ao imaginário. Tudo que for útil e inútil mas que faça algum sentido. Mesmo que o sentido não faça sentido algum. Uma perfeita quitanda, onde encontra-se, sempre, um pouquinho de cada coisa.
Assinar:
Postagens (Atom)