Segundo a cartilha de expressões politicamente corretas, elaborada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, algumas palavras como palhaço, comunista, negro, barbeiro, veado, baitola (recomenda-se o uso da palavra gay – mas isso não é estrangeirismo?), baianada, louco e expressões como “a coisa ficou preta”, são consideradas pejorativas.
Como diria o velho Chico: “a coisa aqui está preta”. Ou seria mais correto dizer:
Como diria o idoso Francisco: a coisa aqui está, está... Está negra. Ou seria afro-descendente?
Aidético não pode, tem que ser portador de HIV, mas diabético pode.
Anão não pode, mas baixinho pode.
Careca pode, mas deveria ser desprovido de cobertura capilar.
Bicha não pode, mas entendido pode.
Entendido não é o sujeito que entende de algum assunto? Então, o entendido em, por exemplo, política, é um político gay?
Ladrão não pode, porque ladrão é coisa de pobre. Rico é corrupto. Como não existe corrupto pobre, ele não deve ser chamado de ladrão. O corrupto ficaria ofendido. E te processaria por preconceito.
Gilette não pode, tem que ser bissexual.
Ao fazer a barba use bissexual. Mais conforto no seu barbear!
Que me perdoe o Stanislaw, mas isto está virando o samba do afro-descendente deficiente mental.
Um comentário:
Muito interessante a sua crônica. Parabéns!
Luciana.
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