terça-feira, 11 de março de 2014

Você não me representa



Dilma não me representa!

Bolsonaro não me representa!

Feliciano não me representa!

É o que mais se vê pelas redes sociais.

Dilma obteve 55.752.529 votos (50,05%).

Bolsonaro, 120.646 votos (1,51%).

Feliciano, 211.855 votos (0,99%)

Realmente eles podem não me representar, ou melhor, representar a minha vontade, mas representam a vontade desse número de eleitores.

Goste eu ou não, eles estão ali com o aval e a concordância de um número de eleitores, que se manifestaram democraticamente, nas urnas.

Podemos e devemos manifestar nossa posição, nossos interesses, nossas idéias e ideais. Esse é o jogo.

O que não se pode é, pelo fato de não concordarmos com esses políticos, ficarmos a fomentar golpes, tomadas de poder, viradas de mesa. Torcer pelo caos, só pelo prazer de dizer “eu já sabia”.

Qualquer mudança nos rumos políticos, em um país democrático, se faz e se fará sempre pelo voto popular.

Não pense você que só os seus pares sabem votar. Que a patuléia é ignorante, pau mandado, voto de cabresto. Essa mesma patuléia deu pano de fundo para a eleição de muitos outros políticos de seu agrado. Essa patuléia, também foi pano de fundo para justificativas de toda a sorte de mandos e desmandos.

Será essa massa inteligente e boa de voto, somente quando comunga de suas idéias?

Os políticos em quem votamos, ou não,  nos representam sim. Fazem parte do pensamento da sociedade em que vivemos.

O mandatário maior, o presidente, mesmo que não tenha o meu voto, me representa sim.

Isso é democracia.

Gostar deles ou não é direito nosso.

Criticar também.

Torcer pela derrocada é impatriótico.

Mudar isso na marra é golpe.

Se essa é sua vontade, uma coisa é certa: você não me representa.

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